Dermatites e Outros Problemas de Pele


O que são dermatites e como podemos detectá-las?
Uma dermatite é uma condição que envolve uma área de pele que se tornou inflamada e infectada. A pele afetada muitas vezes aparece como um inchaço, área úmida, avermelhada e que é dolorosa e causa muita coceira para o cão. A perda de pelos também pode ser vista. Geralmente, o cão ira lamber e coçar continuamente a área afetada, fazendo com que surjam feridas e sangramentos na pele.

O que fazer e como prevenir?
Tudo o que provoca comichão na pele pode conduzir ao desenvolvimento de dermatites nos cães. Alguns gatilhos comuns são atopia (alergias a coisas no ambiente, tais como gramíneas, árvores, ervas daninhas, ácaros, etc), alergias alimentares, pulgas, ácaros, picadas de insetos e feridas na pele. A infecção bacteriana da pele (tipicamente causada por estafilococos) pode se desenvolver também, tirando partido da pele inflamada e danificada. A infecção é frequentemente profunda na pele do cão e causa, além do aspecto  de ferida úmida, um odor forte característico presente.

Como são tratadas as dermatites?
O objetivo do tratamento é eliminar a infecção bacteriana, aliviar a coceira e a dor, além de identificar e remover os gatilhos subjacentes, se possível. Os pelos em torno da dermatite do cão geralmente são cortados para permitir a limpeza inicial da área e a aplicação de medicações tópicas. O tratamento tópico com sprays, cremes ou pomadas para matar as bactérias e ajudar com a dor e a inflamação são frequentemente utilizados. Os antibióticos orais são geralmente prescritos para um curso de três a quatro semanas e às vezes mais. Muitas vezes, um curso curto de corticosteróides (ou seja, prednisona) é dado para aliviar a coceira e dor devido à inflamação. Os anti-histamínicos, também pode ser usado para ajudar com comichão.

Lembre-se de procurar ajuda veterinária logo que identificar alguma feriada ou coceira no seu animal de estimação. Quanto antes iniciar um tratamento, mais rápido seu cão ira melhorar, evitando sofrimento e problemas mais graves.

Como Limpar os Dentes do seu Cao


A boa notícia para os cães é que eles não são tão propensos a cáries como os seres humanos são. Mas, apesar da velha sabedoria convencional de que a boca de um cão é mais limpa do que os seres humanos, os cães ainda podem desenvolver problemas como o acúmulo de tártaro e placa bacteriana e gengivite. Mas não é só o mau hálito e dentes amarelos que você tem que se preocupar. Tal como acontece com os seres humanos, estes problemas dentais caninos podem realmente levar a infecções e problemas de risco de morte, incluindo o coração, o fígado e doença renal. Veja como praticar uma boa higiene oral e como isso irá prolongar a vida do seu cão:

Como escovar os dentes do seu cão

Precisaremos de duas coisas para iniciarmos a limpeza dos dentes de nossos cães: uma escova de dentes para cães e um pouco de estratégia. A melhor escova para uso é de duas pontas com as escovas em um ângulo de 45 graus para limpar abaixo da linha da gengiva. Veja aqui um exemplo de um modelo importado: Petosan .

Seu cão pode não se dar muito bem com a limpeza dos dentes num primeiro momento, mas depende de você tornar isso numa experiência razoavelmente agradável para ambos. Tente escolher um momento em que seu cão teve uma boa quantidade de exercícios pois ele está mais inclinado a sentar-se para o procedimento. Não exagere nas primeiras vezes. Comece devagar e pare imediatamente se o seu cão ficar muito agitado, mesmo que você não tenha escovado toda a boca. Você pode aumentar o tempo da escovação a medida que ele for se acostumando com isso. Além disso, certifique-se de falar suavemente e agradavelmente durante a escovação e recompensar o seu cão com um petisco depois.

Comece cedo, criando o habito desde filhote

Cães adultos podem se acostumar com a limpeza dos dentes, mas facilite as coisas para vocês dois criando o habito desde de filhote.

Como escolher a pasta de dente certa para seu cão

Isto é muito importante. Não use creme dental humano normal para seu cão. A maioria dos cremes dentais humanos incluem flúor, que é extremamente venenoso para os cães. Você pode encontrar creme dental formulado para cães na maioria das boas lojas de animais.

O alimento seco é melhor do que o alimento macio

Se a escovação termina em sangue, suor ou lágrimas, ainda há escolhas que você pode fazer para ajudar a melhorar a saúde bucal do seu cão. Ração seca é melhor para os dentes do seu cão do que alimentos moles, uma vez que o alimento macio é mais propensos a ficar entre os dentes e provocar cáries.

Ossos mastigaveis e brinquedos para limpar os dentes

Há muitos ossos sintéticos e mastigáveis, alem de brinquedos que são especialmente concebidos para fortalecer as gengivas e os dentes do seu cão. Apenas certifique-se que você está fornecendo objetos seguros para seu cão poder mastigar. Objetos muito duros podem quebrar os dentes do cão.

Dar ao seu cão um bom osso para roer pode ajudar na limpeza e a manter os dentes fortes, mas imagine um ser humano que só mastiga chiclete e usa enxaguante bucal. Isso não é um meio eficaz de garantir uma boa higiene oral e saúde em geral. O mesmo é verdadeiro para o seu cão.

Quando consultar um veterinário

Ao realizar a escovação (ou mesmo que não consiga, mas pelo menos verifique) você deve uma inspeção visual a cada duas semanas, mais ou menos. Se você identificar algum destes sinais, podem ser um problema dentário, ou algo mais grave, e que merece uma visita imediata ao veterinário:

  • Mau hálito
  • Mudança na alimentação (deixar de comer ou nao conseguir comer alimentos mais duros, por exemplo)
  • Arranhando e/ou tentando cocar o rosto ou a boca
  • Depressão
  • Salivação excessiva
  • Dentes desalinhados ou ausentes
  • Dentes escurecidos, quebrados ou tortos
  • Gengivas vermelhas, inchadas, doloridas ou sangramento
  • Tártaro (crosta marrom-amarelada) ao longo da linha da gengiva
  • Aftas ou feridas dentro da boca

Quantas vezes, ao ver um veterinário?

Mesmo com dentes saudáveis, assim como você, seu cão deve ter seus dentes examinados por um profissional a cada seis ou doze meses. Seu veterinário deve incluir um exame dentário com um check-up normal.

Atendimento odontológico pode ser um incômodo para os seres humanos e cães, mas a manutenção adequada pode ser uma poupança de dinheiro no longo prazo e até mesmo um salva-vidas. Muitos cães precisam de anestesia para ter seus dentes e gengivas limpas, se o acúmulo é grande o suficiente. Por isso, mantenha a boca do seu cão limpa e vocês terão muitos motivos para sorrir!

Dermatite ou Sarna?


Já escrevi aqui um pouco a respeito das dermatites que acometem alguns cães. Os meus dois Golden sofrem desse mal de tempos em tempos e com a experiência que tive com eles, além de conversar com veterinários, aprendi algumas coisas. O mais importante é conhecer um pouco mais a respeito do assunto e tentar identificar o que seu cão pode ter para, dessa forma, direcionar melhor o tratamento. Porém, como sempre ressalto, é fundamental que o diagnóstico seja feito por um profissional da área, que irá identificar da forma correta e sugerir o melhor tratamento. Portanto, espero que esse texto te ajude de alguma forma, mas não deixe de levar seu animal de estimação ao veterinário.

É normal o cão ter coceiras esporádicas. Contudo, se elas se tornarem freqüentes, com queda de pêlos e feridas pelo corpo, podem causar grandes inquietudes, falta de apetite, perda de peso e infecção crônica de pele.

CAUSAS MAIS FREQÜENTES
Dermatites alérgicas

– Por picada de pulgas: Causa coceira intermitente com queda de pelos. Ocorre mais na base da cauda, nas pernas e na barriga, mas em casos crônicos pode atingir outras partes do corpo, como o dorso. É tratada com anti-pulgas e, se a alergia for forte, com anti-alérgicos corticóides ou não esteróides.

– Por inalantes: Conhecida como atopia, origina-se de poeira, ácaros, pólen, desinfetantes e outros produtos químicos aspirados pelo cão. A coceira aparece primeiro no abdômen e depois se espalha pelo corpo. Há também queda de pelo, feridas na pele com infecções, pelo seco ou engordurado e escurecimento da pele. Evite o contato do cão com a substância que lhe causa alergia. Os sintomas são combatidos com anti-alérgicos corticóides ou não esteróides, xampus medicamentosos e, havendo feridas infectadas, anti-bióticos.

– Medicamentosa: Aparece primeiro na barriga e se alastra por outras áreas, causando coceira, queda de pelo, feridas na pele com infecções, pelo seco ou engordurado e escurecimento da pele. Evite o uso de medicamentos que já causaram alergias no cão. O tratamento consiste no uso de anti-alérgicos corticóides ou não esteróides, xampus medicamentosos e anti-bióticos, no caso de haver feridas infectadas.

– Alimentar: Conhecida como dermatite genérico-alimentar, é causada pelo excesso ou falta de algum nutriente na alimentação, ou pela sensibilidade do cão a um de seus componentes. No primeiro caso, há coceira, perda de peso, queda acentuada dos pelos, vômito e diarréia. Os tipos mais comuns dessa dermatite são causados pela deficiência de zinco e pela falta de vitamina A. No outro caso, há coceira intensa pelo corpo todo, queda generalizada dos pelos e feridas por toda a pele. No tratamento combatem-se os sintomas através de anti-alérgicos corticóides ou não esteróides, xampus medicamentosos e anti-bióticos, se houver feridas infectadas.

Sarnas
– Sarcóptica: Conhecida como escabiose canina, é causada pelo ácaro Sarcoptes Canis. O contágio acontece por contato com animal afetado ou com objeto utilizado por este. No início, há uma coceira muito intensa na cabeça, no abdômen e nas patas, que, de tão intensa, é capaz de levar à perda de peso. Pode evoluir para queda progressiva de pêlos por todo o corpo, vermelhidão na pele, com aparecimento de crostas e infecções, e posterior enegrecimento da pele. Deve-se tosar o cão para retirar uma das fontes de alimento do ácaro e inibir a proliferação de bactérias anaeróbicas. Utiliza-se também soluções parasiticidas à base de amitraz ou lindane e, nos casos mais graves, anti-bióticos e anti-alérgicos. O uso da ivermectina também é indicado, mas só deve ser feito por um veterinário, pois algumas raças, como Collies, Old English Sheepdogs e Pastores de Shetland, são muito sensíveis a esse medicamento, podendo até morrer se houver uma reação alérgica.

– Demodécica: Conhecida como sarna negra ou demodicose, é causada pelo ácaro Demodex Canis. Os primeiros sintomas são queda de pelos na cabeça e nas extremidades do corpo. Quando está associada a uma infecção bacteriana, há uma coceira intensa. Acredita-se que o contágio acontece por contato direto durante os primeiros dias de vida. Os sintomas só costumam aparecer quando há baixa resistência (no primeiro ano de vida ou em cães idosos). Se não for tratada, a queda de pelos se generaliza e a pele fica enegrecida e com elevações. Aparecem crostas, úlceras, pus e há sangramento. É tratada com acaricidas à base de amitraz. Deve-se também usar anti-bióticos, por causa da infecção bacteriana secundária.

– Otodécica: Chamada de otoacaríase, é causada pelo ácaro Octodectes Cynos. Ela causa intensa coceira nas orelhas, podendo se estender para a cabeça e o pescoço.Há ainda o aparecimento de cerume enegrecido nas orelhas. Se não tratada surgem lesões próximo à região.O contágio se dá por contato direto. No tratamento, aplicam-se gotas otológicas de acaricidas à base de amitraz diluídas em óleo mineral. A ivermectina também é indicada, o que só deve ser feito por um veterinário. Dermatite seborréica secundária normalmente acompanha dermatites que causam feridas infeccionadas. Provoca caspa, coceira e muita queda de pelos. Raças como Beagle, Cocker Spaniel Inglês e Pastor Alemão têm tendências hereditárias a desenvolver o problema. Deve-se descobrir a causa da dermatite e tratá-la, além de usar xampus medicamentos para pêlos secos ou oleosos. Existe um tipo de seborréia, chamada de idiopática, que apresenta os mesmos sintomas, mas cuja causa ainda é desconhecida.

CAUSAS MENOS FREQÜENTES

– Acme: Espécie de espinha que causa coceira e queda de pelo. Em geral, aparece sob o queixo. É tratada com cremes anti-alérgicos, anti-inflamatórios e anti-fúngicos.

– Piododermatite dos cães pastores:
É causada por vários tipos de bactérias e o Pastor Alemão é a raça mais atingida. Há coceira e queda de pelo, além de lesões com pus e sangramentos. Trata-se com anti-alérgicos e anti-bióticos.

– Dermatite pelo uso de coleira anti-pulgas: Surge quando o cão é alérgico à coleira anti-pulgas. Provoca coceira e vermelhidão ao redor do pescoço. Deve-se retirar a coleira e usar anti-alérgicos.

– Queiletielose: Provocada pelo ácaro Cheyletiella blakei, causa coceira intensa no dorso e abdômen. Trata-se com acaricidas à base de amitraz e carbanatos.

– Rabujo: O excesso de secreção das glândulas lubrificadoras do ânus faz o animal coçar-se, causando infecção local e até auto-mutilação. O tratamento é feito com anti-bióticos e, nos casos mais graves, com a retirada cirúrgica da glândula.

Matéria publicada na Revista Cães & Cia, edição 272.

Remédios para humanos podem ser letais para cães e gatos


Ao se deparar com o animal com algum problema de saúde, muitos tutores, ao invés de levar o animal para se consultar com um médico veterinário, preferem usar a própria experiência e por conta própria fazem o uso de medicações humanas, podendo causar danos irreversíveis ao seu cão ou gato.

Muitos medicamentos para consumo humano, que são vendidos livremente em farmácias, podem causar nos cães e gatos intoxicação, alergia e até mesmo causar a morte do animal. “Alguns medicamentos que são fabricados para humanos podem ser utilizados em animais e são receitados por veterinários, mas o tutor precisa se atentar a dosagem indicada pelo profissional, ou também causará problemas para a saúde do animal. O indicado para evitar qualquer risco de piorar o quadro de saúde do animal ou até mesmo causar a morte dele é sempre evitar a medicação sem prescrição e qualquer alteração o animal precisa ser consultado por um veterinário, que é a pessoa indicada para diagnosticar o problema e indicar o tratamento adequado”, diz a veterinária Dra. Valéria Correa, responsável técnica e gestora clínica do Grupo Pet Center Marginal.

O sistema digestivo de cães e gatos, apesar de muito semelhante ao do humano, não funciona da mesma forma. Os órgãos do sistema digestivo dos animais não têm a capacidade de absorver e sintetizar os medicamentos frequentemente utilizados por humanos, como alguns tipos de anti-inflamatórios e analgésicos.

O analgésico Paracetamol, princípio ativo de diversas marcas de remédios conhecidos, causa lesão no fígado de cães e pode ser fatal para gatos. causando anemia hemolítica, lesões hepáticas, diarréia, vômito, necrose renal, entre outros problemas. “Mesmo entre os animais é preciso respeitar as diferenças. Um medicamento que é utilizado com sucesso em cachorros nem sempre é indicado para gatos, que são mais sensíveis”, ressalta Dra. Valéria.

Os anti-inflamatórios que têm como base diclofenaco sódico causa graves sintomas gastrointestinais nos animais, inclusive desenvolvendo úlceras perfurantes de estômago e duodeno. “Muitas vezes o problema inicial, que motivou o dono a dar a medicação, acaba ficando secundário, pois as consequências de dar uma medicação errada são bem graves. No caso dos anti-inflamatórios, geralmente os animais começam a apresentar vômitos, diarréia ou fezes escuras, com presença de sangue, além de apatia e muita dor abdominal”, conclui Dra. Valéria.

Ácido acetilsalicílico

Base de medicamentos como Aspirina®, AAS®, Doril® e Melhoral®, é um anti-inflamatório extremamente tóxico para gatos, devido a deficiência de uma enzima hepática no animal que faria a metabolização e eliminação do composto. Seu uso é contra-indicado para gatos ou só pode ser utilizado de acordo com indicação e supervisão de um médico veterinário.

Diclofenaco

Muito utilizado por humanos no tratamento de dor e inflamações, o diclofenaco é a base de medicamentos como Cataflan® e o Voltaren®. Em cães e gatos pode ocasionar diversos problemas como úlceras hemorrágicas com vômitos e diarréia com sangue, além de insuficiência renal.

Paracetamol

Analgésico presente em produtos como Tylenol®, pode ser fatal para gatos, pois seus organismo não consegue eliminar o medicamento. Pode causar intoxicação em cães e gatos, resultando em falta de ar, vômitos e aumento na salivação, podendo entrar em coma.

Fonte: Inteligemcia

Como agir numa emergência veterinária?


A ação rápida e correta no caso de uma emergência pode fazer a diferença entre a vida e a morte do seu cão.

Nesse artigo (autor desconhecido) estão apresentadas as ações a serem tomadas em casos de emergências envolvendo o seu animal.

Caso o seu cão esteja poli-traumatizado (sofreu atropelamento com fraturas) é preferível (se possível) transportá-lo deitado numa tábua ou suporte rígido. É possível também que ele seja deitado de lado (chamado decúbito-lateral) sobre uma manta, toalha, ou pano. Nesse caso o transporte será feito segurando-se pelas quatro pontas, com objetivo de evitar inúteis e até perigosas trações dos membros.

Caso o o animal tenha sofrido traumatismos múltiplos e/ou estiver com convulsões, deve-se colocá-lo numa manta e segurá-la pelas quatro pontas. Esta forma de transporte evita reações inúteis no primeiro caso, bem como movimentos desordenados no segundo.

Caso haja uma hemorragia externa, deve-se colocar-lhe uma atadura fria. Além disso, no caso de uma insolação ou de um edema facial-conjuntival, pode-se aplicar-lhe uma compressa fria, para moderar a hipertermia.

No caso de parada cardíaca, tenta-se reanimar o animal puxando-lhe a língua, estimula e visa a desobstrução das vias respiratórias. E importante colocar-lhe, primeiro, uma mão sobre o tórax, para certificar se é uma síncope cardíaca e não respiratória. Em caso de parada respiratória, colocam-se as duas mãos abertas, uma sobre outra, sobre o tórax do cão, pressionando-o ligeiramente por duas vezes e, depois, retirando-as; deve-se, então, recomeçar, verificando se ele recupera a respiração.

No caso de convulsões, e a fim de prevenir qualquer traumatismo secundário, é prudente colocar o cão numa manta, como indicado acima, para lhe evitar os movimentos desordenados e facilitar o seu transporte. Deve-se evitar luzes fluorescentes e excesso de barulho.

Reações urticariformes: São reações de hipersensibilidade (alérgicas) generalizadas, menos severas que o choque anafilático (anafilaxia). Aparecem na pele e são bem visíveis na face onde se verifica o edema facial-conjuntival. Ocorre um aumento de volume das pálpebras, dos lábios e do focinho, conferindo ao cão um aspecto característico (cara inchada). Geralmente é desencadeada por picadas de insetos, medicamentos e certos alimentos, podendo aparecer dificuldades respiratórias. O tratamento é feito com antihistamínicos ou corticosteroides.

Traumatismo Ocular: Geralmente de origem vascular, por descolamento da retina ou por hipertensão intra-ocular, constitui uma emergência, pois a conservação da visão depende da rapidez do tratamento. Em todo o caso, e apesar de todos os progressos da medicina veterinária neste campo, o descolamento da retina, devido a um acidente simples, como por exemplo, a batida de uma bola de futebol contra a cabeça do cão, ainda não tem um tratamento que permita uma recuperação funcional satisfatória.

Prognóstico do Politraumatismo: O dono do cão que acaba de sofrer um acidente pode estranhar que o veterinário lhe diga que ainda é cedo demais para adiantar um prognóstico, mas uma resposta diferente, nesta situação, seria arriscada. O cão politraumatizado precisa ser colocado em observação, para verificar se todas as suas funções vitais se mantêm como devem.

Além das funções cardíacas e respiratórias, que se podem avaliar relativamente depressa, deve-se confirmar a integridade das vias intestinais e urinárias, bem como as funções esfincterianas. Nas patologias neurológicas, a recuperação funcional pode necessitar de certo tempo, o correspondente à reabsorção dos edemas cerebrais. Por isso, a complexidade do exame do cão politraumatizado exige toda a atenção do médico e toda a paciência do dono.

FONTE: Totem American Bulldogs (http://www.terra2.com/j/artigos/94-como-agir-numa-emergencia-veterinaria)

Exame para detectar Alzheimer em cães


Pesquisadores brasileiros desenvolveram teste clínico que identifica sinais de demência nos animais

Assim como os humanos, os cachorros também parecem sofrer de doenças neurodegenerativas. É o que sugere um estudo feito pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). A boa notícia é que pesquisadores desenvolveram um teste específico para detectar a patologia, o que pode permitir o inicio de terapias antes de estágios mais avançados do transtorno.

A disfunção cognitiva se caracteriza por intensa desorientação do cão, diminuição da atividade física, mudanças nos padrões do sono, na rotina, nos hábitos de higiene e na memória visual – alguns cachorros não reconhecem os donos. As alterações são muito intensas e agem no cérebro de forma semelhante ao Alzheimer, diminuindo sensivelmente a qualidade de vida do animal.

Com base em modelos de detecção da doença descritos na literatura, sobretudo por cientistas de universidades internacionais, o veterinário Rogério Martins Amorim e sua equipe adptaram um intrumento para a rotina de atendimento clínico e aplicável como forma de diagnóstico precoce do transtorno. O teste consiste em um aparelho de madeira que oferece um petisco ao animal sempre que escolher o objeto correto entre dois – pode ser uma cor ou um formato específico.

“ O próximo passo é validar cientificamente o modelo para que ele passe a ser usado no atendimento clínico do Hospital Veterinário da Unesp de Botucatu”, ressalta Amorim. Se aceito, o teste poderá prever que cachorros que não consigam acertar o objeto a ser tocado entrem para o grupo suspeito de disfunção cognitiva canina e sejam encaminhados para ressonância magnética e outros exames complementares.

Segundo o veterinário, as formas de tratamento nesses casos também precisam ser ampliadas. Agora, sua equipe pesquisa o isolamento e cultivo de células-tronco neurais presentes no bulbo olfatório de cães. A expectativa é que, no futuro, as investigações possam levar a terapias mais eficazes para a demência dos cães idosos.

Fenobarbital


EMPREGO DO FENOBARBITAL NO CONTROLE DA EPILEPSIA CANINA

Resumo e atualização do trabalho de autoria de
Mônica Vicky Bahr Arias & Otávio Pedro Neto, publicado na revista Clínica Veterinária. , p.25 – 28, 1999
Fonte:
Um dos problemas mais comuns no tratamento da epilepsia canina é o uso inadequado de anticonvulsivantes para esta espécie. Algumas fármacos utilizados em seres humanos são metabolizados tão rapidamente pelos cães que a concentração sérica terapêutica não pode ser alcançada. Poucas medicações eficazes em seres humanos podem ser usadas em cães, sendo o fenobarbital o mais indicado. O problema mais comum com uso do fenobarbital é a subdose, que ocorre pelo receio de causar efeitos colaterais como sedação e hepatotoxicidade. Só se obtém o controle das convulsões quando a concentração sérica do medicamento é consistentemente mantida dentro do nível sérico adequado, o que está relacionado à meia vida do fármaco em questão. Ainda, a meia vida difere consideravelmente entre as várias espécies, o que torna muitos anticonvulsivantes utilizados em humanos inapropriados para uso em cães.
Sob o nome barbitúrico, há uma gama de substâncias depressoras do sistema nervoso central com propriedades farmacológicas semelhantes, porém, diferentes entre si na duração e rapidez de sua ação, bem como em sua potência. O ácido barbitúrico ou 2,4,6-trioxo-hexa-hidropirimidina origina a fórmula dos compostos mais propriamente chamados barbitúricos ou oxi-barbitúricos dos quais, os que tem o substituto 5-fenil possuem uma atividade seletiva anticonvulsivante. Neste grupo, encontra-se ofenobarbital, um dos primeiros barbitúricos a ser desenvolvido e reconhecido por sua atividade anticonvulsivante. É uma medicação eficaz, segura, barata e com poucos efeitos colaterais além da sedação. A despeito do surgimento de novos antiepilépticos, permanece como fármaco de primeira escolha em cães e gatos. Controla as convulsões em 60-80% dos cães epilépticos, se a concentração sérica for mantida dentro da faixa adequada. A sua ação decorre da elevação do limiar convulsivo e facilitação da inibição sináptica mediada pelo ácido gama amino butírico, reduzindo a excitabilidade neuronal. Também inibe a difusão do foco epiléptico para outras áreas encefálicas, reduz a intensidade das convulsões, diminui sua duração e freqüência, prevenindo efeitos colaterais como degeneração ou morte neuronal decorrentes de atividade convulsiva repetida.
Devido à sua meia vida longa (40-90 horas), são necessários 8 a 18 dias para se alcançar um nível sérico estável (entre 20 e 45 mg/ml). Para que isto ocorra, deve ser administrado a cada 12 horas na maioria dos cães. Nos 18 dias subseqüentes ao início do tratamento e após cada ajuste na dose o paciente ainda pode apresentar convulsões porque a concentração sérica terapêutica pode não ter sido atingida.
Seu uso produz menos efeitos colaterais e menor toxicidade do que outros anticonvulsivantes. Mesmo quando utilizado em doses altas, dificilmente ocorre indução de hepatotoxicidade, que aparentemente só ocorre se a concentração sérica for mantida acima do limite máximo por períodos prolongados. O fenobarbital causa um aumento inespecífico da fosfatase alcalina, da alanina aminotransferase e da glutamato desidrogenase em 50% dos pacientes. Este aumento não está associado a lesões estruturais hepáticas. Relata-se lesão hepática grave em decorrência da terapia crônica em apenas 6% a 14,6% dos cães. Nestes casos além do aumento das enzimas, observa-se diminuição da albumina, uréia e colesterol. Frente a estas alterações, devem ser realizados também testes de função hepática, como por exemplo ácidos biliares séricos. A incidência de toxicidade hepática é reduzida evitando-se o uso concomitante de fármacos metabolizadas pelo fígado e monitorando-se o paciente a cada 4-6 meses. Apesar do potencial para ocorrência de hepatotoxicidade, o benefício obtido com o controle das convulsões claramente suplanta os possíveis efeitos deletérios do fenobarbital.
Outros efeitos colaterais como sedação, ataxia, poliúria, polidipsia, polifagia, ganho de peso corpóreo e ocasionalmente nistagmo são temporários e usualmente desaparecem uma vez que o nível sérico seja estabilizado, uma a duas semanas após o início da terapia. Caso isto não ocorra, recomenda-se a diminuição da dose. Existem ainda alguns relatos de discrasias sangüíneas, como por exemplo trombocitopenia e neutropenia, reversíveis após a interrupção do tratamento.
O fenobarbital acelera a atividade das enzimas microssomais hepáticas, o que parece estar relacionado à dose utilizada. Portanto, após uso prolongado, aumenta a velocidade de eliminação de fármacos metabolizados pelo fígado, assim como sua própria taxa metabólica, ocorrendo a diminuição de sua concentração sérica. Em alguns pacientes existe a necessidade de aumentar a dose ou a freqüência de administração para manter a ação terapêutica, porém a monitorização da concentração sérica deve ser utilizada para guiar esta conduta. Por outro lado, fármacos que inibam o metabolismo enzimático hepático podem prejudicar o tratamento. Assim a administração de cimetidina, cloranfenicol e cetoconazol podem aumentar a concentração sérica de fenobarbital, o que poderia ocasionar toxicidade.
O objetivo do tratamento é diminuir a frequência e a intensidade das convulsões a um nível suportável para o proprietário e para o paciente. O tratamento, uma vez iniciado, deverá persistir durante toda a vida do animal, com administração diária dos medicamentos. A retirada abrupta da medicação pode precipitar convulsões mais intensas do que as que ocorriam inicialmente. A necessidade de administração diária deve ser enfatizada ao proprietário e sua motivação avaliada antes da decisão de iniciar a terapia.
A dose varia de acordo com a espécie. Em cães as doses iniciais recomendadas variam de 1,5–5,0 mg/kg a cada 12 horas. Caso não haja controle adequado das convulsões, deve-se aumentar a dose gradativamente. Lembrar, porém que após cada aumento de dose são necessários pelo menos 10 –15 dias para que se obtenha o nível sérico e o efeito desejados. Em filhotes, a meia vida pode ser mais curta, havendo necessidade de administração da fármaco a cada 8 horas. Ocasionalmente, o paciente pode se mostrar hiperativo durante a fase inicial do tratamento, porém este efeito é suprimido aumentando-se a dose. Deve ser explicado ao proprietário que podem ser necessárias várias semanas de terapia para que concentrações terapêuticas sejam alcançadas e durante este período pode persistir a atividade convulsiva.
Devido à baixa solubilidade em lipídios, quando aplicado pela via intravenosa demora 15 a 20 minutos para penetrar no sistema nervoso central, levando portanto 20 a 30 minutos para controlar uma crise convulsiva. Assim, nos casos de “status epiléptico” recomenda-se a administração de diazepam, que atua em 2-3 minutos, seguido pela administração de fenobarbital em doses fracionadas de 3 mg/kg a cada hora, até que uma dose total de 15 mg/kg tenha sido administrada. O paciente deve ser monitorado, devido a possibilidade de ocorrência de depressão cárdio-respiratória. A incidência desta alteração diminui se o fenobarbital for administrado pela via intramuscular. Após o controle do “status epiléptico”, a administração deve ser mantida a cada 12 horas, na dose de 2,0-4,0 mg/kg, , até que o paciente esteja apto a receber a medicação pela via oral.
MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTO

controle da atividade convulsiva e a toxicidade de um anticonvulsivante não são determinados pela dose fornecida mas sim pela medição de sua concentração sérica. Este exame é o método ideal para assegurar o controle adequado das convulsões, detectando subdoses e diminuindo a ocorrência de toxicidade, sendo o substituto ideal para o critério clínico. A concentração sérica do fenobarbital só pode ser medida após a obtenção de níveis séricos estáveis, aproximadamente 14 dias após o início do tratamento ou da alteração da dose. Este exame deve ainda ser realizado a cada quatro ou seis meses em terapias prolongadas; imediatamente após qualquer atividade convulsiva em animais tratados regularmente; após alterações na dose; quando ocorrer doença sistêmica simultaneamente ou possibilidade de interações com outras fármacos; quando houver sinais de toxicidade, ou quando suspeitar-se de administração inadequada do medicamento. Este procedimento auxilia na determinação da dose mínima necessária que proporcione concentrações séricas terapêuticas.
A concentração sérica do fenobarbital em animais que recebem a medicação regularmente apresenta flutuações, se mantendo porém acima de um valor mínimo. Assim, para a descrição da variação da concentração sérica do fenobarbital deveriam ser coletadas 6 amostras em um período de 24 horas. Clinicamente, porém, esta avaliação pode ser feita com uma dosagem. A amostra é coletada imediatamente antes da administração da segunda dose (11-12 horas após a primeira dose), quando a concentração cai em seu nível mínimo. Caso o nível sérico de fenobarbital esteja abaixo dos valores recomendados, é necessário um ajuste na dose, que pode ser estimado através da seguinte fórmula

Nova dose = velha dose x concentração sérica desejada / Concentração sérica medida

As convulsões só podem ser consideradas refratárias ao fenobarbital quando o nível sérico terapêutico máximo for obtido e o animal ainda apresentar convulsões. Outras causas de falha no tratamento devem ser descartadas, inclusive falha no diagnóstico. Considerar a utilização de um segundo anticonvulsivante somente após esgotar as possibilidades com o fenobarbital. Se esta necessidade for comprovada, é importante ressaltar que a terapia jamais deve ser cessada subitamente, devido ao risco do desenvolvimento de “status epiléptico” grave. Assim, o próximo passo é a adição de um segundo anticonvulsivante, sendo o brometo de potássio o mais indicado, reduzindo-se então o fenobarbital gradativamente.
Nenhum outro anticonvulsivante foi estudado tão extensamente em cães a ponto de ser considerado tão eficaz e seguro no tratamento da epilepsia canina como o fenobarbital.Como a concentração sérica não pode ser prevista com base na dose administrada e como o efeito terapêutico é função da concentração sérica, este exame deve se tornar rotina na clínica veterinária, para que o regime terapêutico seja corretamente estabelecido. A obtenção dos níveis séricos adequados reduz a necessidade de combinações de fármacos anticonvulsivantes, prática esta que deve ser reservada aos cães comprovadamente resistentes ao fenobarbital.

Link para laboratório que faz dosagem sérica:

Tratamento para controle de convulsão canina


Conforme escrevi aqui no mês de maio, o Oliver, meu Golden Retriever mais velho, começou a ter crises convulsivas. A primeira, mais forte delas, foi no dia 26/04, e durou cerca de dois minutos. Ele se debateu, a boca travou e espumou, os olhos ficaram vidrados e ele perdeu o controle urinário. A crise aconteceu por volta das duas horas da manhã e como ele tem o costume de dormir dentro do meu quarto, meu susto foi muito grande. Primeiro, por eu ter acordado com o barulho dele se debatendo e até entender o que estava acontecendo, com o quarto escuro, foi bem complicado. Depois, por vê-lo naquela situação, sem saber exatamente o que estava acontecendo e o que fazer. Lembro que mantive a calma, tentei segurá-lo para evitar que se machucasse e ao mesmo tempo fui verificando algumas coisas que imaginei que poderiam ter causado isso… até mesmo algum machucado ou picada de animal peçonhento. Passada a crise, ele se levantou com alguma dificuldade, demorou um pouco a me reconhecer e ficou extramente agitado, andado de um lado para o outro durante horas seguidas…

Levei-o então para uma consulta veterinária, onde foram feitos diversos exames de sangue, que descartaram alterações ou problemas que pudessem ser identificado nos exames. Partimos então para o tratamento contra epilepsia. Nesse meio tempo, ele teve outra crise, um pouco mais branda, com duração de 1 minuto aproximadamente.

O tratamento do Oliver é feito à base de Fenobarbital (Gardenal). Ele toma 01 comprimido a cada 12 horas, na dosagem indicada pelo veterinário. Pude observar alguns efeitos colaterais, sendo o principal deles a perda em alguns momentos da coordenação motora. Ele dá pequenos solavancos, perde o equilíbrio e esbarra em alguns objetos. Isso é bem nítido porque o Oliver sempre foi muito ágil e esperto. Essa era uma das principais características dele. É bem triste vê-lo assim, mas acho que esse efeito colateral ainda é bem melhor do que as crises que ela tinha.

Na verdade, ele teve mais duas pequenas convulsões depois que iniciou o tratamento. Mas comparadas às primeiras, foram muito mais brandas, sendo que ele não chegou a se debater. Apenas parou por alguns segundos, babou um pouco, perdeu o equilíbrio, mas recuperou logo em seguida.

Em relação ao Fenobarbital, vou postar algumas informações que pesquisei para quem quiser se informar mais a respeito.

 

Algumas zoonoses que podem afetar cães e gatos


Sarnas

São minúsculos insetos conhecidos como ácaros. Existem vários tipos de ácaros que normalmente residem nos carpetes, cortinas e outros lugares que possam abrigá-los, mas apenas alguns tipos causam sarna. O insetinho coloniza o folículo piloso e causa grande irritação, por isso os animais se coçam. Na verdade não só os animais, mas as pessoas que pegarem sarna também se coçarão bastante.

O cachorrinho pega sarna de outros cães ou de lugares contaminados.

Além da sarna mais comum, que é a sarcóptica, existe a demodécica, conhecida também como sarna negra e a sarna de ouvido. São ácaros diferentes. A demodécica é a única complicadinha de tratar, pois está mais relacionada a uma deficiência genética que torna o cão indefeso, do que à própria força do ácaro em si; para se ter uma ideia, um cão saudável, mesmo que fique próximo a um cão com sarna negra não a contrai.

Para prevenir as sarnas, mantenha o máximo de higiene nas acomodações do seu animal e evite contato com outros animais não tão bem cuidados. Se você já sabe que seu amigo está com sarna, evite deixá-lo no colo e lave sempre a mão após lidar com ele. Para tratar animais com sarna, você precisa de ajuda de um veterinário. Nem tudo que coça é sarna. Alergias também coçam, e o tratamento é diferente. Automedicação ou auxílio de curiosos também é prejudicial. Medicamentos contra a sarna são inseticidas e podem ser perigosos se usados de forma errada, principalmente em animais jovens e gatos.

 

Micoses

Diferente das sarnas, as micoses são causadas por fungos patogênicos. Normalmente são mais frequentes em épocas quentes e úmidas. Nem sempre coçam, mas caem muitos pelos, deixando áreas alopécicas (sem pelos) em várias partes do corpo.

 

Verminoses

Muito importante prevenir, pois são muito comuns, e as pessoas podem se contaminar. Os vermes são parasitas que habitam principalmente o intestino de cães e gatos. Ocasionam má absorção do alimento e diarreias. Filhotinhos com muitos vermes correm, inclusive risco de morte.

Os vermes podem ser contraídos pelos fi lhotes, ainda no útero materno, por isso as futuras mamães devem ser vermifugadas. Os cães podem também contrair vermes ao lamberem o próprio corpo, lamberem o chão, beberem água contaminada, engolirem pulgas ou pisarem em terrenos contaminados. Os vermes eliminam seus ovos pelas fezes dos cães e gatos, daí não preciso nem falar da importância da correta higiene de nossa casa e quintal, e que não devemos andar descalços por onde eles defecam.

Também é muito importante lavar sempre a mão depois de lidar com eles. As pessoas também podem contrair vermes. Por alimento contaminado, verduras e carnes malpassadas. Quando um verme está alojado no intestino de uma pessoa, é ruim, mas não é grave. O problema é quando vai parar em outros lugares do corpo, aí fica perigoso. Mas a prevenção é muito, muito simples.

Vermifugue seu amigo diversas vezes durante a infância dele. Depois de adulto, continue vermifugando periodicamente, no mínimo de seis em seis meses, ou sempre que retornar de áreas rurais ou de passeios em lugares de terra ou mato. Já na praia existe outro tipo de verme, transmitido por um pernilongo e que se aloja no coração dos cães, é a dirofi lária. Se você pretende levar seu cão a áreas de litoral, avise sempre seu veterinário, para receber orientação sobre como proceder a prevenção.

 

Toxoplasmose

Outro tipo de parasita intestinal, causado por um protozoário, mais comum nos gatos. Normalmente não é muito perigoso aos gatos e pessoas, exceto às mulheres grávidas em início de gestação. Uma mulher que já teve gatos durante a vida toda, provavelmente já terá tido contato com o toxoplasma e nem fi cou sabendo disso, por ser assintomático, mas se você é mulher, nunca teve gatos e acabou de engravidar, não é o melhor momento de ganhar um bichano, a não ser de pelúcia.

 

Febre maculosa ou febre do carrapato

Doença pouco comum no Brasil, mas ganhou a mídia nos anos de 2005/2006 quando apareceram supostos casos na região da Grande São Paulo. Causada por uma rikétsia (parente das bactérias), transmitida pelos carrapatos e que pode infectar as pessoas causando uma febre que pode ser fatal. Não é comum acontecer, mas ilustra bem o porquê devemos eliminar os carrapatos de nossos amigos.

Prevenção: banhos frequentes, examinando bem o cão, limpeza rigorosa das instalações e medicação contra carrapatos, no chão e no animal, sempre que encontrar algum carrapatinho. Converse sempre com seu veterinário, que vai indicar o medicamento mais apropriado e seguro.

Texto retirado do livro: “Como cuidar de seu cão e gato de fora responsável”
Veterinário Wilson Grassi

Convulsão Canina


Olá Pessoal.

Hoje resolvi colocar um post aqui no blog falando a respeito de convulsão canina porque, infelizmente, o Oliver, meu Golden Retriever, sofreu uma. Na verdade, hoje foi a segunda crise que ele teve, que durou em torno de 1 minuto (foi mais rápida que a primeira).

Para quem nunca tinha visto um cão sofrer uma convulsão, é algo realmente aterrorizante. As crises dele foram durante a madrugada e acordar com o cão se debatendo, de repente, com o quarto todo escuro, é algo que já assusta. Na primeira vez foi bem complicado porque eu não tinha idéia do que estava acontecendo. Imaginei que algum animal peçonhento poderia tê-lo picado ou que ele estivesse tendo um ataque do coração. É tudo muito rápido e intenso…

Bom, passado o susto, fui pesquisar e descobri que a convulsão em cães é mais comum do que imaginamos, infelizmente. Muitos cães sofrem com isso e as causas podem ser variadas, passando pode epilepsia até intoxicação por alimentos ou produtos químicos.

Portanto, quero compartilhar com vocês minha experiência, falando que o mais importante diante de uma situação dessas é manter a calma, observar o cão e tentar protegê-lo para não se machucar enquanto está se debatendo e trazer alguma informação útil e esclarecedora.

Convulsão em cachorros: como agir

 

“A convulsão pode acusar muitas doenças, e não só epilepsia, em seu cachorro. Nessa hora de tanto tremor, que não é brinquedo, veja como agir.”

Para alguns bichos, não precisa muito para o cérebro entrar em pane. Basta um susto provocado por rojões, trovões ou uma superagitação dentro de casa para que o animal sofra uma intensa descarga elétrica na massa cinzenta. Daí, começa a tremer, salivar e se comportar de maneira assustadora aos olhos do dono. Essa é a descrição de uma crise convulsiva.

Por trás da reação, há uma série de causas — um trauma na cabeça, uma intoxicação por produto químico, a falta de glicose no sangue, mais frequente em filhotes e cães diabéticos, ou ainda um tumor cerebral ou uma doença congênita como a epilepsia. “O pior é que não há jeito de prever uma crise, porque não há exames que detectam isso antecipadamente”, diz o veterinário Paulo Salzo, da Universidade Metodista, em São Paulo. Se acontecer na sua casa, a dica é: assim que o animal parar de convulsionar — e uma baita convulsão dura no máximo cinco minutos —, leve-o ao especialista para investigar o que causou o curto-circuito cerebral. Lembre-se de relatar se o bicho comeu algo diferente, se ingeriu algum produto químico, se levou um tombo… Toda informação é preciosa.

Raças como pastor alemão, poodle, labrador, pit bull e husk siberiano têm maior predisposição à epilepsia. Para ajudar no diagnóstico, vale tentar ver se os pais do seu cachorro não eram epiléticos, já que a doença é hereditária. Descartada essa hipótese específica, a crise pode alertar para outros males. E, aí, vários exames são necessários. Os de sangue, por exemplo, podem acusar uma hipoglicemia.

“Seja qual for a causa, o tratamento desse transtorno tem que começar pelo uso de anticonvulsivantes, remédios que irão normalizar as ondas cerebrais e que existem na forma de comprimidos, xaropes ou gotas. A escolha, no caso, dependerá da aceitação do animal”, explica o veterinário Marcelo Quinzani, do Hospital Veterinário Pet Care, em São Paulo.

Se for constatada a epilepsia, o tratamento anticonvulsivante seguirá para o restante da vida. Se for descoberta a hipoglicemia, o remédio deverá ser associado a outro para manter as taxas de açúcar na circulação em ordem e evitar novas convulsões.

“De qualquer maneira, a supervisão de um profissional deverá ser intensificada”, alerta Salzo. Recomenda-se levar o cachorro que já convulsionou para uma consulta a cada seis meses. Em cada visita, o profissional irá reavaliar a dosagem do anticonvulsivante no caso da epilepsia, por exemplo. Sem contar que, com o passar dos anos, sujeito à medicação diária, o bicho pode ter efeitos colaterais como aumento de peso e problemas no fígado — e o veterinário estará de olho nisso.

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Saiba como cuidar do cachorro durante uma crise de convulsão

ANTES

Ansiedade e pupilas dilatadas podem acusar que uma crise convulsiva está chegando. Mudança repentina de comportamento, como dormir mais, comer muito ou deixar de ter apetite, também é um alerta. “Se o animal já convulsionou antes, sinais assim indicam para levá-lo ao veterinário depressa”, recomenda Quinzani. “A dose de medicamento, então, poderá ser ajustada.”

DURANTE

Quando o curto começa, o bicho sofre perda de consciência ou foca em um único ponto, correndo atrás do próprio rabo, por exemplo. Tremores, salivação, descontrole de urina e fezes e movimentos de perna são outros sinais. As crises duram de 20 segundos a um minuto, em média. Se não cessar em 5 minutos, encaminhe-o imediatamente ao pronto-socorro veterinário.

DEPOIS

O cão fica muito cansado por causa da intensidade do choque. Por isso é normal que permaneça um bom tempo quieto. Deixe-o em um local silencioso e confortável. Se ele quiser comer e beber, facilite o acesso.

Quadros de convulsões. Bruce Fogle, Primeiros Socorros para Cães

Não entre em pânico se o cão tiver um ataque, pois a maioria das convulsões não é fatal. Evite-o apenas se estiver em uma área que exista hidrofobia (a famosa raiva) e você não sabe se ele foi vacinado.

1. Os cães raramente se asfixiam com a língua. Evite colocar os dedos perto da boca do cão a menos que seja absolutamente necessário. Raças com caras achatadas como os pugs e boston terries podem asfixiar-se com a língua, de modo que devem ser vigiados atentamente. Se o cão ficar inconsciente, puxe a língua para fora e, se necessário, faça respiração artificial.

2. Se o cão estiver tendo uma convulsão leve, chame a atenção dele; essa medida poderá evitar que um ataque completo se desenvolva.

3. Se o ataque for total, consiga um cobertor ou algumas almofadas. Afaste o cão de objetos nos quais possa se machucar e, se o ataque durar mais de 1 minuto, envolva o cão num cobertor ou cerque-o com almofadas a fim de protegê-lo. Descubra-o mais tarde, pois deixá-lo coberto poderá causar hipertermia (elevação da temperatura corporal – dependendo do caso, o cachorro poderá vir a óbito, fique esperto!).

4. Se o ataque parar dentro de 4 minutos, reduza o som (os barulhos alheios) e a luz e fale suave e tranquilizadoramente com o cão. Mantenha outros cães afastados.

5. Se o ataque perdurar por mais tempo, leve o cão imediatamente ao veterinário. Não o envolva firmemente em um cobertor durante o trajeto, pois essa medida poderá causar hipertermia.

6. Registre o tempo de duração do ataque e o que o cão fazia antes de ele acontecer, pois isso ajudará o diagnóstico no caso de ocorrerem outros ataques. (Se possível, é claro!)

Quadros de convulsões. Bruce Fogle, Primeiros Socorros para Cães