Como escolher a melhor alimentação para seu cão


Existem muitos sites com diferentes informações a respeito de qual a melhor alimentação para os cães, a favor e contra dietas naturais, rações industriais ou alimentação caseira. Alguns sites dizem que você deve as raçoes comerciais pois são feitas com ingredientes que podem causar alergias ao cães, tais como milho, trigo e soja. Ja outros sites alertam que uma alimentação caseira pode causar intoxicação por salmonela e infecções bacterianas.

Ja Rule e a cenoura

A decisão sobre como alimentar nossos cães é realmente complexa. As empresas de alimentos para animais dizem que se você não der uma ração industrializada você não ama o seu cão e pode lhe trazer problemas de saúde. Outros querem convencê-lo de que qualquer coisa industrializada sera prejudicial ao cão. Existem alimentos que são “all-natural” e alimentos com saborosos pedaços de “carne” para convencer o seu cão a comer. Da mesma forma como acontece com a nossa alimentação, é muito difícil separar a verdade do marketing.

Priorize as necessidades nutricionais. Podemos todos concordar que a escolha do alimento certo pode ser um dos maiores fatores para a longevidade e qualidade de vida. Nós também temos que perceber que, assim como a alimentação humana, a comida com o melhor sabor muitas vezes não é a mais nutritiva. Geralmente os alimentos com “saborosos pedaços” são vendidos para satisfazer as necessidades emocionais do ser humano mais do que as necessidades nutricionais do cão e são muitas vezes a causa da obesidade nos cães.

Procure o conselho de um profissional. Para realmente escolher o melhor alimento faça uma pesquisa ou converse com alguém experiente no assunto. Geralmente, essa pessoa não sera o vendedor na loja de animais que só foi orientado pelos representantes das empresas de alimentos, e não deve ser apenas algum site que faz sentido para você. Normalmente, o seu veterinário ou um nutricionista treinado (que muitas vezes pode ser encontrado e contatado em sites de veterinárias) são as melhores fontes de informação para te orientar.

Desmascarando a comida crua. Um tipo de comida defendida por alguns é comida crua biologicamente disponível (BARF, em inglês). A ideia dessa abordagem é que o alimento cru é o mais perto do que um cachorro comeria na natureza. A partir de pesquisas cientificas, não há nenhuma evidência real de que existem quaisquer benefícios para a saúde do cão ao comer carne crua. Se, no entanto, você quiser experimentá-lo, certifique-se de fazer sua pesquisa e fazê-la da maneira certa. Mesmo os defensores desse tipo de dieta irão dizer-lhe que há riscos, se você não a fizer corretamente. Além de encontrar fontes de alimentos orgânicos, você deve equilibrar a alimentação com vegetais e outras fontes de micronutrientes para atender todas as necessidades nutricionais do seu cão.

Escolha cuidadosamente a ração industrializada. Uma vez que a maioria de nós não tem tempo para procurar e preparar adequadamente frango orgânico e outros alimentos naturais, é mais sensato encontrar uma ração comercial que atenda todas as necessidades nutricionais. Esses alimentos são formuladas por nutricionistas especializados para serem o melhor possível para o cão e ajuda-lo a viver mais, com mais saúde. Uma outra vantagem da ração comercial de boa qualidade e evitar os riscos de parasitismo, intoxicação alimentar e problemas de pele, uma vez que são feitas com ingredientes selecionados e passam por um processo de qualidade e inspeção sanitária.

Considere a alergia alimentar. Alergia alimentar é algo muito comum e que pode causar coceiras na pele dos cães. Galinha, boi, carneiro, milho, soja, trigo, ovos e produtos lácteos são ingredientes comuns que induzem essas alergias, e independente se eles são crus ou cozidos, o sistema imunológico olha para eles da mesma forma. A chave para escolher um alimento que evite problemas de pele é escolher uma alimentacao que não inclua qualquer um destes ingredientes, mas que seja suplementada com vitaminas e ácidos graxos (óleos de peixe). A maioria das grandes empresas de alimentos têm suas próprias versões dessas raçoes.

Recomendação: com a riqueza de rações industriais que estão disponíveis para ajudar a diversas condições e a falta de evidência de que alimentos crus fornecem quaisquer vantagens, alem dos riscos potenciais de alimentos crus, minha recomendação nesse momento e que seja adota uma ração industrial de alta qualidade (premium ou superpremium). Pesquise muito antes de escolher a ração, converse com o veterinário do seu cão, com outros donos de animais de estimação e troque informações.

Como você cuida da alimentação do seu cão? Qual a ração que ele come atualmente? Ja teve problemas com alguma em especifico? Conte-nos nos comentários.

Read more: http://www.cesarsway.com/dog-care/dog-nutrition/choosing-the-right-dog-food#ixzz3GneOSGtw

Como escolher um bom Pet Shop


Normalmente, eu já tenho definido o Pet Shop onde compro produtos para meus cães e também onde busco por alguns serviços tais como vacinação, banhos, tosa, entre outros. Porem, de tempos em tempos, acho importante dar uma olhada para ver como anda o mercado e o que tem surgindo como opção para os consumidores desses serviços. E foi nesse momento que fiquei decepcionado com o que encontrei na internet… Bom, para tentar ajudar os leitores do blog que já podem ter passado por isso ou que ainda poderão passar, vou colocar aqui algumas dicas.

O primeiro cuidado que devemos ter antes de levar o bichinho para realizar qualquer procedimento é procurar o registro daquele estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária, pois todo Pet Shop deve possuir esse registro com a indicação de um veterinário responsável. Confesso que esse e um item ao qual eu nunca havia prestado atenção antes. Como sou de Belo Horizonte – MG, segue o link para quem desejar pesquisar no CRMV-MG.

Tendo em vista que esse é um local voltado à higienização do animal, também é preciso verificar as condições de limpeza do ambiente. Conferir como é feita a esterilização da gaiola onde o animal fica preso e até mesmo da escova e pentes utilizados. Basta pedir para conhecer o local onde o banho e a tosa são feitos e já sera possível avaliar se os profissionais que trabalham la são realmente cuidados, tanto no trato dos animais quanto em relação `a higiene geral do lugar.

Fique atento também aos seus direitos e cuidados com a saúde do animal que você confiou ao Pet Shop. Se for detectado que o animal pegou alguma doença de pele, ou mesmo algum parasita, os custos com medicação e demais tratamentos necessários para resolver o problema são de responsabilidade do Pet Shop. Se caso o Pet Shop se recuse a arcar com isso, você pode fazer um B.O e registar o máximo possível as provas do que ocorreu (fotos, testemunhas, laudos com especialistas, etc).

Qualquer dano ao animal, como um corte no momento da tosa, por exemplo, ele deve ser imediatamente reparado e os custos com gaze, remédios, pontos e anestesia devem ser suportados, exclusivamente, pelo estabelecimento.

Procure por referencias do Pet Shop na internet (forums, facebook, etc). E importante conversar com outras pessoas para saber se recomendam aquele local ou se já tiveram algum problema antes.

Como escolher um hotel para o seu cão


Nessa época do ano, com a chegada das férias, muitas vezes, surge a necessidade de deixar o peludo em hoteizinhos especializados enquanto a família sai para viajar.

Neste momento, é preciso, em primeiro lugar, escolher um local com boas referências, profissionais qualificados e, especialmente, onde se tenha certeza que os animais de estimação não ficarão presos em gaiolas o tempo todo.

Além disso, o hotel deve dispor de espaço suficiente para que os pets corram e brinquem, além de locais apropriados para dormirem.

É importante observar se os funcionários tomam cuidados para evitar brigas, separando em ambientes diferentes cães de porte muito antagônicos (mesmo que tenham bom comportamento, não seria seguro deixar um Dogue Alemão correndo solto com um Yorkshire!).

A preparação do cão – antes da hospedagem

Se o peludo tiver uma ligação muito forte com o dono ou caso nunca tenham se separado, é importante treiná-lo a ser mais confiante e independente algumas semanas antes da data marcada para ser deixado no hotel, para que este período não seja um tormento.

Se for necessário trocar a alimentação, esta providência deve ocorrer gradualmente e pelo menos quatro dias antes da viagem. E caso o amigo tenha problemas de apetite, a dificuldade pode piorar durante a mudança de ambiente. Assim, alguns dias antes, o ideal é tentar tornar a comida mais palatável e orientar o hotel a continuar oferecendo a mesma comida preparada.

Além disso, exercícios e suplementação alimentar ajudam a combater a depressão que pode atingir o cachorro. Estas providências devem ser tomadas pelo menos 7 dias antes da viagem, para surtam os efeitos esperados durante o período da hospedagem.

Finalmente, seria bem interessante que o cão já conheça o local e as pessoas que ali trabalham antes do período de hospedagem. A maioria dos hotéis disponibiliza seus serviços por apenas um ou dois dias. Assim, será muito mais tranquilo para o cão estar ali novamente e por um período mais longo.

A preparação do cão – chegou o dia!

Finalmente, chegou o dia de levar o cão para o hotel durante as férias…

É importante deixar lá seus brinquedos favoritos, potes de água e comida, caminha e a comida com a qual está acostumado. Assim, apesar de estar num local diferente e sem a companhia dos membros da família, o animalzinho terá seus objetos por perto, o que ajudará muito na boa adaptação no local novo.

Além disso, uma dica é deixar também alguma peça de roupa com o cheiro das pessoas queridas para o cão, para que este se sinta mais tranquilo quando estiver no novo ambiente. Este objeto pode ser deixado na caminha do peludo.

Caso a hospedagem se torne algo periódico, o ideal é que o pet seja deixado no mesmo hotelzinho nas outras vezes, pois já estará ambientado com as pessoas e com o local.

Tomando-se estes cuidados simples, garante-se tranquilidade para as férias da família e do peludo!

Texto: Cassia Rabelo Cardoso dos Santos (Adestradora Cão Cidadão)
Revisão e Edição Final: Alex Cândido

Como escolher a melhor ração para o seu cão!


Conversando com outros donos de cães e acompanhando comunidades pela internet afora, vejo que uma dúvida muito comum entre os proprietários é sobre como escolher a melhor ração para o cão entre as diversas opções que existem no mercado. É fácil entender o motivo de tanta dúvida, uma vez que existem rações dos mais variados tipos, preços, características e finalidades. Por exemplo, existe ração específica para raça, por exemplo, Golden Retriever. Também temos rações light, rações para cães “esportistas”, por porte (pequeno, médio, grande ou gigante), para cães com problemas de saúde (exemplo, rins), para gestantes e até mesmo papinhas para desmame de filhotes. Diante tanta opção e tantas dúvidas, vou falar um pouco mais a respeito de algumas das principais rações Superpremium mais consumidas atualmente no mercado. Quero deixar bem claro aqui que não tenho nenhum interesse em favorecer ou desqualificar qualquer produto que seja, e que as informações postadas foram pesquisadas junto aos próprios fabricantes e baseadas também na minha experiência como proprietário de dois Golden Retriever.

Antes de falar da parte prática do uso dessas rações, é importante falar um pouco sobre esse mercado e as características que uma ração precisa ter para ser considerada superpremium. Podemos classificar uma ração da seguinte forma:

  • Rações “de Combate”: são rações muito baratas (~1,00 real o quilo), de pouco valor nutricional (feitas a partir de proteínas de baixa qualidade). Nesse caso, o consumidor é atraído pelo preço e pela embalagem que muitas vezes diz frases do tipo: alto teor de proteínas. É importante saber que o que importa não é somente o teor de proteínas (expresso em %), mas sim a sua qualidade (origem). Além disso, o teor deve ser calculado de forma diferente para cada idade e porte do animal. Essas rações são pobres, resultam em fezes grandes, mal cheirosas, placa bacteriana e consecutivamente tártaro, pêlos feios que caem continuamente, animais muito magros ou acima do peso, dentre outros transtornos que a longo prazo podem resultar em doenças de tratamento bastante caro (ex.: tártaro, doenças articulares, cardíacas, etc).
  • Rações “Standard”: são rações um pouco mais caras que as de combate, mas também de pouco valor nutricional, resultando em quase todos os mesmos transtornos ocasionados pelas de combate.
  • Rações “Comerciais”: são rações que, como o próprio nome diz, possuem forte estratégia de marketing, como embalagens bonitas, coloridas, com fotos de belos cães ou gatos, normalmente de marcas famosas e com propaganda na televisão. Essas rações visam vários tipos de consumidor: aquele que não tem muitas condições financeiras mas mesmo assim quer dar uma boa ração para o animal mas não conhece muito bem o assunto, aquele consumidor que tem boas condições financeiras mas não está disposto a pagar uma ração mais cara, aquele consumidor que se atrai por belas embalagens e é muito influenciado por propagandas, dentre outros. Essas rações também são nutricionalmente incompletas e na maioria das vezes o custo-benefício traz prejuízo ao consumidor.
  • Rações Premium: são rações de boa qualidade e de um preço ainda acessível. Essas rações já vêm com diferentes formulações. No caso de cães são de acordo com seu porte, idade e estado nutricional (ex.: rações light e sênior). Se forem para gatos já encontra-se as light e as sênior, além de apresentarem controle do pH urinário (visto a suscetibilidade dessa espécie em apresentar disfunções do Aparelho Urinário. No caso de rações premium as fezes já apresentam-se menores, porém esse alimento não previne tártaro, doenças articulares, dentre outras.
  • Rações High-Premium, Premium Plus ou Premium Especial: são rações premium com alguma vantagem a mais. Elas também são formuladas de acordo com a idade e porte do animal e no caso de felinos, também vêm com controle do pH urinário. Como vantagens (de acordo com a marca) pode-se encontrar: prevenção do tártaro, diminuição do volume e odor das fezes, altos teores de ômegas (resultando em pelagens mais exuberantes), dentre outras.
  • Rações Super Premium: são rações chamadas como “primeira linha”, por serem completas para os diferentes tipos de cães e gatos. Nesse caso, além de serem formuladas de acordo com a idade, o porte e muitas vezes a raça do animal, elas também possuem atributos essenciais para a sua saúde. Ex.: as de cães de raças grandes e gigantes obrigatoriamente devem apresentar altos teores de sulfato de condroitina e glucosamina (caso contrário não podem ser classificadas como super premium), condroprotetores de importância vital para os cães desse porte, em virtude de serem os mais acometidos por doenças ortopédicas (como a Displasia Coxofemoral na raça Pastor Alemão). No caso de gatos, encontra-se rações para os Siameses, os Persas, gatos de pelagem longa (com prevenção da formação de bolas de pêlos no trato digestivo), gatos indoor (que só ficam dentro de casa ou apartamento), etc.

A alimentação de um pet é um investimento. Animais bem alimentados ficam doentes com menos freqüência e têm mais chances de atingirem uma longevidade. Por exemplo, um filhote em pleno desenvolvimento precisa de proteínas e minerais suficientes para uma boa formação do esqueleto, equanto um animal idoso já começa ter declínio de suas funções orgânicas, precisando menos de determinados componentes. Sem esquecer que em cada fase da vida animal as necessidades e quantidade de ração variam para que suas necessidades sejam supridas.

Após ingerido, o alimento passa pelo trato gastrointestinal (no caso de monogástricos) e sofre ação de várias enzimas. A perda de nutrientes pelas fezes é a maior perda, mas varia de uma ração para outra, então a partir daí, podemos determinar o Coeficiente de Digestibilidade Aparente (CDA), que nada mais é do a quantidade de nutrientes perdidos nas fezes em relação a quantidade de nutrientes ingeridos. É através disso que determinamos a qualidade da ração, ou seja, quanto maior for este coeficiente, melhor a digestibilidade e maior a qualidade da ração.

Hoje em dia, com um mercado mais exigente e um pouco mais informado, acredita-se que finalmente os alimentos são avaliados pela sua qualidade através da digestibilidade e não pelos teores de proteína. Altos teores de proteína podem possuir baixa digestibilidade e serem perdidos em grande quantidade nas fezes e urina. Podem também causar alguns problemas a saúde do animal, sem contar em aumento grande da relação custo/benefício e falta de balanço com os demais nutrientes que são de vital importância para a manutenção do metabolismo e fisiologia animal correta. Por isso, devemos sempre nos preocupar com a digestibilidade de cada alimento e não com os teores que ele possui. Agora se o alimento possui boa digestibilidade, aí sim vamos para um segundo passo de avaliação, que são os níveis de garantia existentes na ração. Conclui-se portanto, que alimentos com teores de proteína abaixo de 20% ou acima de 26% podem representar baixa digestibilidade, ou balanceamento incompleto. Pensando desta forma, estaremos começando a seguir um caminho correto para avaliarmos e classificarmos um alimento, sua proteína e seus níveis de garantia. E cada ração portanto, é classificada de acordo com sua digestibilidade e qualidade e não de acordo com seus níveis de garantia.

As Rações superpremium são assim classificadas a partir de um certo percentual de digestibilidade, o que pode variar de acordo com os interesses dos fabricantes, pois não há um “padrão” neste sentido. Como consumidor, para saber se a ração é de alta digestibilidade, ou não, basta analisar na embalagem os ingredientes que compõem a ração. As fontes proteicas devem ser de origem animal (carne de frango, carne de peru, digestas de frango, carne de ovelha, ovos, etc.). E as fontes de gordura também, ou pelo menos óleos vegetais nobres como, por exemplo, óleo de linhaça. Fontes proteicas vegetais como soja, glúten, etc. não têm alta digestibilidade. É bom desconfiar de produtos que têm em sua relação de componentes coisas como “carne de aves” (urubú também é ave / e de que parte da ave estão falando? Pena e bico são proteína pura e de baixíssima digestibilidade).

O que pode aumentar a digestibilidade da ração é a presença de fibras de moderada fermentação (ex. polpa de beterraba branca), que aumenta a eficiência absortiva dos enterócitos. Outro ingrediente que melhora a digestibilidade são os F.O.S. (fruto oligo sacarídeos), que alimentam a microbiota intestinal, ou seja, beneficia o crescimento de “boas bactérias” no intestino, o que leva a uma melhor fermentação do bolo alimentar. Resumindo, quando compramos uma ração para o amigo peludo, devemos estar atentos aos níveis de garantia (percentuais de proteína, gordura, etc.) e a qualidade dos ingredientes. Por exemplo, uma ração para cachorro deve ter, no mínimo, 20% de proteína. Porém, isso é relativo, porque carne é fonte de proteína e pena da galinha também. Carne é bem mais digerível que pena. Outro detalhe é o equilíbrio entre percentuais de proteína e gordura. Não é eficiente uma ração com 30% de proteína e 8% de gordura.

Além disso, altos teores de proteína na ração podem trazer sérios danos a saúde do animal se não possuírem boa digestibilidade. Estes transtornos seriam: sobrecarga ao fígado, mal cheiro nas fezes, excesso de nitrogênio na urina e nas fezes, utilização da proteína como fonte energética, sendo que os carboidratos e lipídios exercem essa função com melhor qualidade e menor custo. Portanto, foi necessário aumentar a qualidade e digestibilidade das fontes de proteína da ração, trazendo uma diminuição da porcentagem da mesma nas formulações, e promover um melhor balanço e interação com os demais nutrientes (Lipídios, carboidratos, fibras, minerais, vitaminas) tornando o alimento completo em um todo e não em apenas um nutriente que pode acarretar em uma nutrição incompleta.

Meus cães sempre comeram rações superpremium, entre elas Eukanuba (quando filhotes), depois Proplan por vários anos e nos últimos meses mudei para Royal Canin. Essa mudança deveu-se principalmente ao fato de que eles já estavam um pouco resistentes à Proplan e, por isso, estavam comendo menos. A questão é que com esse tipo de alimentação nunca apresentaram nenhum problema de saúde e a pelagem também manteve-se sempre saudável e vistosa.  As fezes sempre foram relativamente “pequenas” e com um cheiro suportável (ou será que já me acostumei?!). Enfim, acredito que o investimento em uma boa alimentação trás grande retorno, principalmente se pensarmos na qualidade de vida e longevidade de nossos cães.

Abaixo deixo uma tabela com algumas informações que pesquisei nas embalagens, sites e diretamente com os fabricantes. Essa tabela tem como objetivo tentar facilitar a vida de quem quer comparar as principais caracterísiticas entre as rações mais comercializadas. Infelizmente, não consegui encontrar alguns detalhes pois o fabricante não respondeu meus emails e não tive tempo ainda de passar no PetShop e verificar diretamente na embalagem. Mas se alguém aí tiver essas informações ou quiser acrescentar mais algum detalhe, me envie por email: mundogolden@hotmail.com.

Planilha Comparativa Racoes

Que nome darei a meu cão?


Recebi um email da minha esposa com uma reportagem bem interessante e vou compartilhá-la com vocês. Espero que gostem…

Por Ayrton Mugnaini Jr., especial para o Yahoo! Brasil

Era uma vez um menino chamado Luís Maurício, que cresceu e se tornou um dos maiores guitarristas de rock do Brasil e até do mundo. Só que se tornou conhecido por um apelido que para uns é “nome de cachorro”: ele mesmo, Lulu Santos, que inclusive já marcou presença em outro artigo desta série. Lulu nem se importa muito com as brincadeiras sobre seu apelido/nome artístico ser “nome de cachorro”, tendo até dado a um de seus CDs o título Mondo Cane, com um belo canino na capa e tudo. De modo que, para mim, a questão sobre que nome dar ao cão puxa outra: afinal, o que é “nome de cão”?

Sim, em português há os nomes mais comuns e óbvios para cães, como Lulu e Totó. Mas Lulu é também um guitarrista de rock, como já lembramos, além da personagem de quadrinhos amiga do Bolinha e que agora virou adolescente. “Totó” é também nome de um famoso humorista italiano e como os cariocas se referem àquele jogo de futebol de mesa conhecido em São Paulo como “pebolim”. E todas as palavras que conhecemos como “nomes de gente” querem originalmente dizer outra coisa: Adriano significa “da região italiana da Ádria”, Pedro significa “pedra”, Cecília é “cega”, Sandra significa “defensora”, Ayrton é “da cidade de Ayr” (fica na Escócia) e assim por diante. (Sem falar que tudo é possível depois que Frank Zappa, Caetano Veloso e Baby Consuelo/do Brasil agraciaram suas crias humanas com nomes como Moon Unit, Zeca e Krishna Baby).

Por sinal, desde o fim do século passado, cada vez mais estadunidenses dão aos cães nomes humanos como Sam, Lucy, Max ou Molly, o que serve como prova de que o canino é considerado cada vez mais um membro da família, não apenas uma propriedade, bem de consumo ou acessório vivo. (E Leonard Ashley, professor universitário inglês lecionando nos EUA, diz que uma tendência atual é dar aos cães nomes no idioma de origem da raça; “se for uma raça alemã, as pessoas querem dar um nome alemão, como se o cachorro soubesse falar alemão.”)

Para nomear nossos caninos é possível – e até necessário -ser mais criativo e respeitoso que a Jamie Kelly da série de livros Querido Diário Otário, que deu a seu Beagle o nome de Fedido (no original Stinker, o que me fez lembrar do produtor de discos Quincy Jones, que colocou o apelido Smelly, também “fedido”, em um de seus clientes, mais conhecido por seu verdadeiro nome, Michael Jackson).

Também já vai longe o Brasil do século 19 examinado pelo historiador Gilberto Freyre em seu livro Sobrados e Mucamas, quando os cães recebiam nomes como Rompe-Ferro, Nero e também Vulcão, Negrão, Gavião, Trovão, Furacão, “como se os nomes em ‘ão’ lhes aumentassem o prestígio de animais ferozes, capazes de estraçalhar estranhos ou intrusos”.

Lembrei-me também de uma nota publicada na revista Claudia nos anos 70, sobre dar aos Pequineses nomes chineses com significados como “menino comportado” ou “minha senhora”. Por falar em revistas, escrevi na Cães & Cia. sobre o costume nordestino de se dar aos cães nomes de peixes e assemelhados, numa versão agreste do espírito irônico brasileiro e consolo pela escassez de água na região, lembrado até em um sucesso do grande Luiz Gonzaga, “Samarica Parteira”, autoria de Zé Dantas: “Não sei por que cachorro de ‘pobe’ tem sempre nome de peixe: é ‘Cruvina’, ‘Taíra’, Piaba, ‘Matrinxã’, Baleia [sic], Piranha. Ah! ‘Maguinho’, mas ‘caçadozim’ como o diabo! Cachorro de rico é gooordo, ‘num’ caça nada, rabo grosso! […] Agora, o nome é bonito: é White, Flike, Rex, Whisky, Jumm…”

Enfim, não é preciso ser historiador, nem saber falar chinês ou alemão, para dar aos caninos nomes que reflitam sua personalidade (e também a do dono) de forma prática, positiva, criativa e respeitosa. Vamos, então, dar nome aos cães – e, por que não, apelidos também.

Nome humano é bom, mas…

Já estamos no século 21 e ainda há pessoas que consideram “cachorro” um xingamento e se ofendem quando são apresentadas a um xará canino, de modo que há quem recomende evitar dar ao cão nomes de parentes ou amigos, para evitar constrangimentos. Um caso real aconteceu com um colega de trabalho do pai de um amigo meu, que tinha um cão de grande porte e lhe deu o sobrenome do patrão, Irdafli (a história é verídica, obviamente mudei o sobrenome). Um belo dia, este colega convidou o patrão para jantar em casa. Quando o chefe chegou, o cão não teve dúvida em recebê-lo amigavelmente, pulando-lhe em cima e encostando-o na parece. Imaginem o esforço do anfitrião para reprimir o comando “Sai, Irdafli!” Pena que o pai de meu amigo já faleceu e este não se lembra de como terminou este encontro histórico dos Irdaflis humano e canino e como o dono do cão se livrou desta mistura de saia justa e coleira apertada.

Nunca é demais lembrar que, mesmo tendo nome humano, o canino não entende nenhum idioma humano. Pessoas podem ter nomes como Hermengarda, Franciely, Austregésilo ou Protógenes sem muito problema, mas para nossos amigos peludos o ideal é não passar de três sílabas – mas uma só é pouco demais, pois soa mais como ordem de comando. Quando muito, um nome de quatro sílabas com a tônica nas primeiras, como Penélope, a Cocker do jornalista e produtor André “Pomba” Cagni, e da qual já falamos aqui em outra ocasião. “O motivo do nome Penélope é que eu queria um nome feminino não muito comum”, explica Pomba. E realmente o nome caiu bem; afinal, um ser bonito merece um nome bonito, não é? (Não custa lembrar que as possíveis origens do nome Penélope são “uma espécie de pato” ou “bobina de fio para tecelagem”, ambas alusivas à Penélope da mitologia grega que, segundo consta, foi salva da morte em criança por uma revoada de patos e nunca terminava um trabalho de tecelagem, numa tão longa quanto bela história.)

Mudanças e alcunhas

Num artigo anterior comentei que, ao contrário do mito popular, caninos velhos também podem aprender coisas novas. Muitas vezes, estas coisas novas incluem um novo nome. O que faz lembrar um mito correlato, citado por Sandra Régia, da Lord Cão: “Primeiro mito: Um cão depois de adulto não acostuma mais com outro nome’. Isso é falso, pode mudar o nome sim, principalmente se o nome anterior está associado a sofrimento numa família que o maltratava.” Tenho em casa um bom exemplo: Mila, uma vira-latinha adotada por pura arte do destino. Num belo dia, um Monza simplesmente passou pelo quarteirão onde moro, parou, abriram a porta, puseram a cadela na rua e tchau. Foi imediatamente adotada pelo quarteirão, uns dando comida e água, outros caixinha e cobertor, e meu filho e a mãe o acabaram adotando. Ambos escolheram instantaneamente o nome Mila para esta minha nova “neta”. Nenhum dos dois se lembra qual exatamente teve a ideia de lhe dar tal nome, mas certamente nem seria bom saber o nome anterior dela. Casa nova, nome novo, vida nova – e melhor.

“Segundo mito: o cão não entende apelidos. Isso também é falso, é possível escolher um nome e vários apelidos para o cão”, diz Sandra Régia. “Se todos forem usados com frequência, o cão aprende a atender a todos eles. Só não vale exagerar e usar 20 apelidos, hehe! Mas um nome e uns três apelidos dão bem demais.” Nossa amiga Mila também atende por Miloca, e seu “irmão” Fredy, belo genérico de Dálmata, gosta de ser chamado de Fredão por mim (nada a ver com as feras de Gilberto Freyre), Frederico pela faxineira e Frederêncio pela “mãe”. E eles gostam quando incorporo Ernesto Lecuona e canto para eles aquele bolerão mais ou menos assim: “Sempre no meu coração/Dona Mila e Seu Fredão…”

Arteiros e artistas

É normal crianças humanas normalmente chamadas por apelidos entenderem que a coisa é séria quando de repente alguém as chama pelos verdadeiros nomes, muitas vezes com sobrenome e tudo. Mas evite chamar seu “filho” ou “neto” canino pelo nome com raiva ou rispidez, para que ele não pense que seu nome está sendo usado como xingamento nem o associe a algo desagradável; ele precisa atender prazerosamente ao ser chamado pelo nome.

Se teu cão for de raça pura e portanto tiver linhagem, esta deverá ser registrada no Kennel Club do Estado natal do bicho ou clube especializado na raça(consulte a página da Confederação Brasileira de Cinofilia no ww2.cbkc.org. Lá, os formulários permitem registrar nomes com até 40 toques, bem mais generosos que o American Kennel Club, associação correspondente dos EUA, cujo limite é 28 toques.

E se, além de ser de raça, seu peludo quiser ser o Tony Ramos da família, demonstrando vocação para artista profissional, e for participar de exposições (“dog shows”), deverá ser registrado na Associação Cinológica Brasileira, além de receber um belo microchip (obrigatório desde 2004). Ele poderá então ter um nome curto para o dia-a-dia e “sobrenome artístico” com o qual será divulgado. Dois exemplos recentes são o casal de Dobermanns premiados de Campos de Goytacazes (no Estado do Rio de Janeiro) Rod Dobe’s Dorothy (com apóstrofe e tudo) e seu “marido” Double Dee Fire Bolt.

O nome que um dono dá a seu cão reflete não só o jeito do próprio cão, mas também do dono. Por exemplo, Walt Disney é padrinho de muitos caninos por aí, a julgar por uma pesquisa segundo a qual, nos últimos anos, O Rei Leão inspirou dezessete pequenos grandes donos a batizarem seus cães de Simba só na cidade de São Francisco, na Califórnia. Idem Glória Perez, com tantas candelas charmosas chamadas Jade devido ao sucesso da telenovela O Clone. (Por sinal, muitos homens demonstram maior tendência a dar aos cães nomes provocativos ou negativos que mulheres). Enfim, na hora de dar nome a nossos amigos peludos, a criatividade, o carinho e o respeito são o limite – e vale a pena o esforço para manter o bom nome do prazer de ter cães.